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São Paulo, SP

Museu Memória do Bixiga

Museu criado em 1981 para salvaguardar a memória do bairro do Bixiga, por meio de um acervo de objetos, documentos e relatos de "varridos da história".

Sobre a organização

O Museu Memória do Bixiga surgiu em 1981, como uma estratégia idealizada por Armando Puglisi para garantir a preservação do bairro. Contando com a ajuda do fotógrafo Paulo Santiago, ele juntou relatos de história oral, recortes de jornais, fotos, objetos pessoais, dentre outras coisas, e acabou criando algo extremamente inovador no campo da museologia. Indo na contramão de museus tradicionais, o Museu Memória do Bixiga constituiu seu acervo a partir de historias e objetos anônimos, do cotidiano, os quais podiam ser acessados e tocados pelo público, afastando-se da típica sacralização dos objetos museais.

Com o falecimento de seu principal idealizador, Armandinho Puglisi, o Museu do Bixiga passou por dificuldades financeiras e acabou tendo que fechar as portas. No ano de 2017, uma nova diretoria assumiu a direção do Museu, formada por jovens que acreditam no potencial da comunidade do Bixiga e que buscam transformar a região em um dos polos culturais e sociais da cidade de São Paulo, divulgando a história de seus moradores, instituições e empresas, que fazem parte da família que é o Bixiga.

Entendemos que o bairro, enquanto território, é o próprio museu, não como algo congelado no passado, mas como um lugar onde as tradições são transformadas e ressignificadas pelas relações sociais cotidianas do presente.

O Museu Memória do Bixiga é apenas um ponto de referência para sua apropriação. Seu espaço físico permite que a população do bairro, frequentadores e visitantes possam se apropriar da sua história e se identificar como participantes na construção da cidade. No contexto de São Paulo como uma grande metrópole, o Museu pode cumprir importante papel no fortalecimento da relação entre a população da cidade e a rua, num exercício de reapropriação do espaço público.