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Manaus, AM

Escola Agricola Rainha dos Apóstolos

Há 40 anos educamos os jovens de toda a Amazônia ensinando agricultura sustentável para ajudar o ambiente e dar para eles um futuro, combatendo a favelização.

Sobre a organização

A escola abriu para o ensino básico no 1974 por padres do PIME (Pontificio Istituto Missioni Estere) e no ano de 1985, passou de ensino básico para ensino profissionalizante com formação em Agropecuária. Em 1989 ganhou o reconhecimento de organização de utilidade pública pelo Estado do Amazonas e em 1990, a propriedade e a gestão foram transferidas para um grupo de leigos, reunidos no Centro de Solidariedade São José.

A escola nasceu e continua como uma entidade educativa integral, preocupada não só com o ensino curricular, mas também com a formação humana dos jovens que ali chegam.

No ano de 2008, a escola teve seu ápice no número de alunos: 131. Em 2014 este número foi reduzido para 61 jovens em virtude de graves dificuldades econômicas devidas ao corte dos financiamentos públicos, que até hoje não foram completamente superadas. Atualmente, a escola acolhe 120 alunos, que moram todos na escola.

A Escola ministra a Educação Profissional de nível técnico na área de Agropecuária, com habilitação em Zootecnia e Agricultura. As famílias dos alunos pagam um valor simbólico.

Os alunos internos participam pela manhã das aulas teóricas e à tarde das aulas práticas, aprendendo as técnicas agrícolas que mais se adaptam às condições climáticas da Amazônia e o respeito ao sistema ecológico da região.

Os produtos da Escola são em parte usados para o mantimento dos alunos e em parte vendidos em Manaus para ajudar na manutenção da Escola.

Depois de 40 anos, a missão da Escola é sempre mais importante.

O abastecimento de gêneros alimentícios da cidade de Manaus chega via fluvial, de Belém a 1500 km e Porto Velho a 900 km de distância. Uma agricultura local diminuiria, sensivelmente, os custos deste processo de abastecimento, gerando emprego e renda, com custos menores. A agricultura orgânica é ainda mais importante, pois não necessita do uso de fertilizantes nem de ração, que também são importados.

Com a crise da zona industrial, a agricultura vem tornando-se um dos setores com maior potencialidade de desenvolvimento. Aqui estão alinhados economia e meio-ambiente.

Cultivar no Amazonas porém, é um desafio grande, pois seu solo é pobre e fraco, necessitando para tanto de técnicas específicas, técnicas essas ensinadas aos alunos nos diversos cursos da escola.

Na falta de perspectiva de trabalho local, a maioria dos jovens do interior vê a cidade como a única possibilidade para superar a própria condição que é falta de educação e de trabalho. Apesar da economia estagnada, a imigração interna continua forte, gerando novas favelas.

A escola, através dos seus cursos, oferece uma alternativa profissional e econômica a esses jovens, que no final do curso são certificados como técnicos em Agropecuária, contribuindo se não para a erradicação das favelas, ao menos para sua diminuição.