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Curitiba, PR

União da Comunidade, dos Estudantes e Profissionais Migrantes

Somos uma entidade que Buscar inserção social, cultural, educacional e econômicos através projetos coletivos, apoia os migrantes a enfrentar suas dificuldades.

Sobre a organização

A União da Comunidade, dos Estudantes e Profissionais Haitianos (UCEPH) foi fundada por estudantes migrantes e refugiados na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2018, com apoio do Programa Política Migratória e Universidade Brasileira (PMUB), com o objetivo de garantir e participar das ações e políticas da coordenação do PMUB para os migrantes, mas também para atuar como ponte entre os futuros profissionais e os demais migrantes nas comunidades, auxiliá-los na sociedade, ajudar os migrantes que enfrentam dificuldades de integração nas empresas, retirando-os da situação de desempregados ou de trabalhadores precarizados, para criar projetos de desenvolvimento sustentável. Uma de nossas primeiras ações foi realizar o levantamento de todas as famílias que precisavam de assistência social. Houve um crescimento exponencial da demanda por parte dos migrantes, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Nesse período, atendemos aproximadamente 1.800 migrantes, 70% deles de nacionalidade haitiana, além de cubanos, venezuelanos e outros de países do continente africano, totalizando mais de dez nacionalidades. Recebemos uma Declaração de Utilidade Publica na cidade pela Câmara dos Vereadores.

Orientamos os migrantes com serviços básicos como: obtenção, renovação, validação e tradução de documentos; auxílio no processo de naturalização; orientação jurídica e para o trabalho; acesso à educação, assistência social e psicológica. A UCEPH conta com mais de uma dezena de migrantes capazes de atender qualquer migrante em espanhol, inglês, francês, crioulo haitiano e português. Assim, podemos contribuir com o poder público e com as entidades.

Vale ressaltar que essas demandas também são recebidas por outras entidades brasileiras na sociedade que estão tentando auxiliar os migrantes, mas, por diversos aspectos como o idioma, aspecto cultural e outras dificuldades, essas entidades nem sempre conseguem orientar os migrantes de forma adequada. Em várias situações, o migrante ajuda melhor o outro migrante, seja pela linguagem comum, seja pelo senso comum. Quando um migrante está sendo atendido por outro migrante, ele se sente mais confortável.

Em diferentes ocasiões, recebemos ligações de entidades públicas e privadas, além de pessoas físicas, para prestarmos apoio a migrantes em situações desesperadas, como mães desabrigadas em razão de vulnerabilidade socioeconômica, conflitos familiares, pessoas desorientadas por não falarem português. Mas sem apoio do poder público, as associações ficam limitadas no exercício do seu trabalho. Qualquer associação precisa ter um espaço de atendimento, precisa fazer deslocamento até as comunidades, pagar despesas com advogado(a), contador(a), além de outras taxas documentais. Em suma, precisa de ajuda econômica, parceria com órgãos públicos e privados para realizar seus atendimentos e se tornar uma verdadeira instituição de apoio aos migrantes no território brasileiro.