Projeto Zona Oeste, Ação!

Sobre a organização

O projeto parte do princípio de que a educação e a cultura são direitos básicos de todos os cidadãos, além de serem potentes ferramentas de mudança social. O cinema, que está inserido nessas duas categorias, pode frear a perpetuação do status quo. Isso pode acontecer tanto na realidade concreta e imediata, a curto prazo, na geração oportunidades de empregos, quanto a longo prazo, atingindo positivamente o imaginário social (que não está, de forma alguma, dissociado da realidade concreta), uma vez que, se os sujeitos sociais (minorias políticas) que atualmente são retratados por terceiros em obras audiovisuais se apoderam das ferramentas de produção, podem criar novas e mais acuradas imagens sobre si mesmos. Essa ideológica arte, porém, ainda se concentra nas mãos de poucas pessoas. O Zona Oeste, Ação! pretende disseminar esse tipo de conhecimento, sempre levando em conta a cultura, os costumes e a sabedoria das(os) jovens envolvidas(os). A escolha do local se deve à região ser a menos beneficiada por programas culturais e educacionais oferecidos pelo Estado.

Além disso, é a zona mais distante do Centro da cidade, onde geralmente está concentrado esse tipo de atividade, o que dificulta o acesso de suas(seus) habitantes a diferentes possibilidades de pensar, agir e se relacionar com o mundo. E a pobre ofertas de atividades culturais diversas e inadequada educação formal refletem em dados concretos: a Zona Oeste foi, do município do Rio de Janeiro, a região com o pior resultado no Índice de Desenvolvimento Social de 2010, pesquisa que leva em consideração os critérios: saúde, renda média de chefes de família, educação e serviços básicos.