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Cairu, BA

Biblioteca na bicicleta

Através da leitura de escritoras negras brasileiras a biblioteca móvel incentiva as meninas baianas escreverem suas próprias falas.

Sobre a organização

O ano 2020 o COVID-19 nos mostrou que as consequências dos desastres naturais afetam maiormente aqueles que tem menos recursos. As crianças som as mais prejudicadas pelo fechamento de creches e escolas.

Então que as ruas do bairro “Nossa Senhora da Luz”, “Zimbo” e “Mangaba” converterem-se no quintal da escola. A Biblioteca na Bicicleta quer levar leitura e atividades recreativas para as crianças de esses bairros, de esse jeito vamos conseguir melhorar a integridade psicofísica delas que infelizmente tem se visto alterada por causa da pandemia.

Dentro dessa realidade, Morro de São Paulo, Bahia, Brasil, abriga uma população de mais de 18.000 meninas, meninos, mulheres e homens em situação de risco social que são consequência do período escravocrata.

Outros problemas com dificuldade de acesso à ilha, clima extremo, afastamento da capital federal e as dificuldades que instituições governamentais têm para dar cobertura à população atingida pela COVID-19, têm contribuído para piorar a situação socioeconômica da ilha.

A Biblioteca na Bicicleta e um coletivo de pessoas que atua sim orientação política nem religiosa, não tem fines de lucro, os capitais são independentes de outras organizações, e foi fundada em morro de São Paulo o ano 2021.

As atividades são realizadas na rua em grupos de no máximo 5 meninos e meninas, seguindo as recomendações internacionais de saúde para evitar transmissão do COVID-19. Estas atividades são apoiadas por profissionais da área das humanidades, das ciências, das artes e voluntários com experiencia.

Todos os recursos tecnológicos viajam a bordo de uma bicicleta que porta um projetor, um computador, um alto-falante, um microfone, uma conexão gratuita à internet, uma biblioteca (com livros físicos) e uma pequena geladeira para levar água e refeições saudáveis.

Tem como público-alvo principalmente meninas negras entre 7 e 18 anos, suas mães e familiares. Este incentivo visa fortalecer sua autoestima, melhorar sua compreensão da realidade, contribuir com a reflexão para gerar uma narrativa própria de suas histórias que lhes permita observar o mundo numa perspectiva de melhores possibilidades de desenvolvimento.

Essas atividades pedagógico-culturais são a fachada para reconstruir o tecido social por meio do trabalho comunitário. A Biblioteca na bicicleta realiza um diagnóstico no terreno e está a articular a autogestão da comunidade através de técnicas de intervenção social, é também um ator de campo que articula o vínculo da comunidade com outras organizações não governamentais que apoiam tanto no campo como remotamente.

O investimento inicial de cerca de € 5000 que permitiu um pre-diagnostico de factibilidade do projeto e da situação socio económica ativado uma campanha de doação de fundos internacionais e nacionais e locais, além de campanhas de voluntariado pelas redes e de forma local.